DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS
"Deixai vir a mim as criancinhas; não as impeçais, pois delas é o Reino de Deus" (Lc18,16)
domingo
Familia, Transmissão e Educação da Fé
“ A família é a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades têm necessidade… A família é a primeira, mas não a única e exclusiva comunidade educativa” ( João Paulo II, FC ns 36 e 40).
“A família, como a Igreja, tem por dever ser um espaço onde o Evangelho é transmitido e de onde o Evangelho irradia… Os pais não somente comunicam aos filhos o Evangelho, mas podem receber deles o mesmo Evangelho profundamente vivido” (Paulo VI, EN n.71).
“A família, como a Igreja, tem por dever ser um espaço onde o Evangelho é transmitido e de onde o Evangelho irradia… Os pais não somente comunicam aos filhos o Evangelho, mas podem receber deles o mesmo Evangelho profundamente vivido” (Paulo VI, EN n.71).
1. O que entre nós era uma realidade há umas dezenas de anos, tornou-se hoje uma preocupação, muitas vezes sem grande eco nas pessoas mais responsáveis, dado o seu papel de interventores necessários num processo importante da vida. Trata-se da missão da família cristã no processo educativo dos filhos e na transmissão e educação da fé, assumida como dever e encargo. Trata-se, ainda, de a família assumir o seu lugar, como espaço de valores morais, de oração, reconciliação, abertura a projetos de vida e a compromissos apostólicos.
A sociedade mudou e, nela, o processo de mudança continua imparável. A família, parte viva da sociedade, também mudou, e a mudança afeta o relacionamento dos seus membros, a compreensão das suas tarefas, a ocupação e o trabalho fora de casa, a disponibilidade de tempo e de vontade para os serviços normais do seu dia a dia, o embate com leis civis que não a respeitam, antes a agridem, a dificuldade de reagir, de modo ativo e em rede organizada com outras famílias, à invasão opressora de ideias e de comportamentos que lhes são alheios. Sem deixarem de influir em todos, as mudanças tocam, de modo especial, os mais novos.
Deste modo, a família tem mais dificuldade em se encontrar como família, e, também, como família cristã, diminuindo, sempre mais, a sua capacidade para responder aos novos desafios que se lhe põem e para realizar as suas tarefas fundamentais. Se este processo não for contrariado, a família vai-se tornando, pouco a pouco, uma instituição frágil, desagregada e socialmente irrelevante.
2. A Igreja acredita no desígnio de Deus sobre a família, sabe o significado e o alcance do sacramento do Matrimónio, conhece e defende a importância da família em ordem à vida dos seus membros, o seu papel na sociedade e a sua missão na Igreja, considerando a instituição familiar como célula fundamental da sociedade, e a família cristã como uma “Igreja doméstica”. Em virtude desta fé e desta convicção, no contexto social e cultural atual, a Igreja olha a família com amor e atenção, luta pela sua defesa, empenha-se na reconstrução da sua identidade e verdade, ajuda-a a realizar, por meios diversos, as suas tarefas essenciais.
Uma destas tarefas da família, de importância decisiva para a sociedade e para a Igreja, é o dever irrenunciável dos pais da educação dos seus filhos em todos os aspetos e da transmissão da fé, não só no seu espaço próprio, mas até onde se pode estender a sua capacidade de intervenção.
A tarefa educativa, nos aspetos fundamentais, a família nunca a realizou sozinha. Por isso, não pode estar ausente onde ela se processa, seja nos espaços normais do lar, na escola e na comunidade cristã. Aí se deve sentir a sua colaboração efetiva, dada e aceite, com os muitos intermediários indispensáveis, professores e demais educadores de todos os níveis.
3. A educação da fé, iniciada no seio da família cristã, como abertura a Deus e primeira aprendizagem de palavras e gestos religiosos significativos, é continuada, depois, nos outros espaços de vida da criança que vai crescendo: o jardim de infância, a catequese paroquial, a escola dos diversos ciclos. Para muitas crianças, adolescentes e jovens, também se faz nos movimentos e grupos apostólicos de sentido eclesial. Aí se transmitem valores morais para a vida, se proporciona ocasião para o aprofundamento da fé, a abertura ao apostolado, a opção vocacional e o serviço aos outros, dimensão normal e indispensável da vida cristã.
4. Nesta Semana Nacional de Educação Cristã, queremos sublinhar a importância da ligação entre família e educação da fé. Sabemos que muitos pais continuam, neste campo, atentos e colaborantes, conscientes do seu dever de educadores principais dos seus filhos. Queremos apoiá-los e dizer-lhes quanto nos alegra este seu empenhamento, pedindo-lhes que não desistam nunca e que ajudem outros pais a agir de igual modo.
Não deixamos, porém, de estar atentos às famílias que continuam a dizer-se cristãs, mas que, conservando uma expressão religiosa tradicional, deixaram empobrecer a sua ligação a Deus e à Igreja, uma atitude que, em alguns a aspetos, acaba por atingir os seus filhos. Chegam agora à catequese crianças sem qualquer iniciação cristã, e sentem-se, a partir daí, omissões em ordem ao seu acompanhamento e ao cuidado da sua formação moral e religiosa nas escolas. Catequese na paróquia e aula de Educação Moral e Religiosa nas escolas são atos complementares, que não se substituem um ao outro. Não esquecemos que o dia a dia de muitas famílias é hoje complexo e difícil, por razão dos horários de trabalho e do trabalho longe de casa que proporcionam pouco tempo com os filhos, das exigências materiais, indispensáveis para ir ao encontro das necessidades familiares. Uma ordenação das prioridades, o aproveitamento dos fins de semana para a família, o recurso a outros membros da família, como os avós quando estão por perto, podem ajudar na educação e transmissão da fé. Os filhos que frequentam a catequese e as aulas de educação moral e religiosa podem ser também uma ocasião para que os pais reatem a vida cristã e se integrem na vida da Igreja.
5. O programa da catequese paroquial, ao longo de dez anos, e o do ensino religioso nas escolas ao longo de doze anos, precedidos ambos do despertar da fé no seio da família e no Jardim de Infância, não dispensam a participação possível dos pais no processo educativo, bem como a sua colaboração com os agentes diretos desta ação, catequistas, professores, educadores e animadores. Vamos agora dar uma atenção especial à catequese familiar, com a preocupação de apoiarmos os pais e os filhos nesta tarefa. Se falarmos, mais concretamente, do Ensino Religioso nas Escolas, o contexto atual exige mútua colaboração entre pais e professores de Educação Moral e Religiosa e a própria escola. Torna-se, então, mais exigente a atenção a prestar ao processo das matrículas, ao desenvolver do projeto educativo, à qualidade dos valores que nele se transmitem ou não, bem como às iniciativas complementares promovidas na escola.
Os filhos são a maior riqueza dos pais e a educação é o meio indispensável para os ajudar a crescer e a prepararem-se para uma vida feliz, como protagonistas responsáveis e participativos. O dever da presença e do estímulo no tempo da formação humana e religiosa dos filhos, é, para os pais, uma expressão de fidelidade ao amor que os gerou e os educa.
6. É fundamental que as necessidades educativas e espirituais das famílias sejam consideradas nos projetos pastorais das comunidades cristãs e nos projetos educativos das escolas, concretamente na perseverança e criatividade colocadas no acolhimento, no acompanhamento e nas oportunidades de formação oferecidas aos pais e outros familiares.
Saudamos, com alegria, todas as famílias e todos quantos, nas escolas e nas paróquias, se dão por inteiro à causa da educação.
Desejamos que esta Semana Nacional de Educação Cristã constitua um estímulo e um contributo para as famílias cristãs e para as comunidades educativas, paróquia e escola, de modo a que a catequese e o ensino religioso, com a colaboração necessária dos pais, dos catequistas e dos professores de Educação Moral e Religiosa, constituam um contributo valioso na formação humana e cristã das crianças e dos jovens.
Lisboa, 15 de setembro de 2011
Comissão Episcopal da Educação Cristã
segunda-feira
domingo
PALAVRAS DOS NOSSOS PÁROCOS
Estimados pais e educadores,
Voltados para mais um ano lectivo, aqui estamos a recordar-vos, como párocos da paróquia da Sé, pela missão que nos cabe sobretudo junto da comunidade católica e, abertos também, naturalmente, a qualquer pessoa de boa vontade, a oportunidade de cumprirdes o vosso compromisso de educadores cristãos.
É, pois, chegada a altura de, paralelamente às escolas e outras actividades formativas, encontrardes um imprescindível e necessário tempo, fundamental para o futuro dos vossos filhos e educandos, formando-os nos valores do Evangelho, o mesmo é dizer na "escola de Deus".
Este percurso passa pela inscrição dos vossos filhos na catequese paroquial e pela presença activa na Eucaristia ou Missa.
Cónego José Pedro de Jesus Martins
Pe. Pedro Filipe Duarte Manuel
Cónego José Pedro de Jesus Martins
Pe. Pedro Filipe Duarte Manuel
NOVAS INSCRIÇÕES
Estão abertas as inscrições para as crianças que vão iniciar a catequese neste novo ano pastoral,
nos seguintes horários e locais:
- Na Igreja da Sé: de segunda a sexta, das 10.00h às 12.30h e após as Missas dominicais, ao sábado (18.00h) e domingo(12.00h)
- No Centro Pastoral: de segunda a sexta, das 18.30h às 20.00h
- Na Igreja do Imaculado Coração de Maria: diariamente das 16.00h às 18.30h, e aos sábados de manhã.
TEMPO DE RECOMEÇO!!!
As férias estão a chegar ao fim! Depois desta paragem que nos soube tão bem, vamos recomeçar. Voltámos com o coração cheio da alegria que só em Deus encontramos, e que nos anima para continuarmos a aceitar o desafio que Ele nos propõe neste novo ano pastoral.
Deus quer contar connosco para realizar o seu projecto neste mundo que tantas vezes O esquece. Juntamente com os nossos párocos e toda a comunidade que nos envia, sejamos antenas de Deus a apontar caminhos que conduzem à verdadeira felicidade como Jesus Seu Filho nos ensinou.
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